ICMBio é o mais novo quartel em Brasília

Militares controlam todos as diretorias da instituição.

Todas as diretorias do Instituto Chico Mendes foram ocupadas por militares da Policia Militar de São Paulo, as nomeações foram anunciadas pelo Ministro Ricardo Salles em sua conta do Twitter e já está no site da instituição. Lembrando que na cadeira da presidência, já estava aboletado e bem acomodado, o Cel PM Homero Cerqueira.

O Instituto Chico Mendes foi desmembrando do IBAMA, com objetivo de criar e manter as unidades de conservação e a biodiversidade, dentro da estratégia de conserva para as futuras gerações e para o equilíbrio das espécies, as áreas ambientalmente importantes, sensíveis a presença humana e as atividades econômicas.

Esta instituição é a gestora de SNUC, Sistema Nacional de Unidades de Conservação e para lá se destinam todos os recurso financeiros oriundos das compensações ambientais dos grandes projetos licenciados pela administração federal.

Alguns dos militares indicados tem experiência em batalhão ambiental ou em órgão municipal de meio ambiente, notadamente nas áreas de poder de polícia, diferente da missão do Instituto, que requer amplo conhecimento técnico aprofundado em matérias ligadas a conservação de especies da flora e da fauna brasileira.

Nada contra a carreira militar, mas tudo contra que os militares sejam tirados das funções para as quais foram treinados e colocados para cuidar de atividades que não conhecem.

A decisão de Salles é um afronto aos funcionários de carreira do órgão, aos inúmeros profissionais que atuam na área e faz parte da estratégia de militarização da administração pública federal, como forma de blindar o Governo da participação efetiva da sociedade civil.

O Ministério do Meio Ambiente, com mais este ato, segue na linha de desmontar e enfraquecer todas as estruturas destinadas a garantir que o país proteja o seu meio ambiente, violando os princípios do art. 252, da Constituição Federal, que prevê que a responsabilidade de cuidar do meio ambiente ecologicamente equilibrado é do poder público, mas é também da coletividade.

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