Durante seis anos, as investigações foram obstruídas e a pergunta persistia: quem ordenou o assassinato de Marielle?
O presidente Lula prometeu e cumpriu, desvendando o mistério e respondendo à pergunta que a família, os defensores dos direitos humanos e a comunidade carioca se fizeram durante esses anos de impunidade, violência e estímulo à impunidade.
Hoje, a Polícia Federal prendeu o delegado Rivaldo Barbosa, o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas Domingos Brazão e o líder do escritório do crime, Ronie Lessa, acusados de serem os mandantes e executores do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson.
Será que finalmente temos a resposta para a pergunta sobre quem matou Marielle?
É crucial que as investigações avancem e mergulhem fundo nos meandros do crime organizado no Estado do Rio de Janeiro. O povo deste maravilhoso Estado merece viver em paz.
Torço para que este caso e tantos outros relacionados ao escritório do crime sejam aprofundados. Hoje, enquanto pegava um táxi, o motorista começou a compartilhar que mora em uma comunidade dominada pelo crime. Ele mencionou que tem receio de usar serviços ilegais de TV a cabo com medo de ser monitorado pelo crime. O motorista também contou que seu táxi foi alvejado por tiros. Ele pensou em pedir ao chefe do crime para cobrir os danos causados por seus capangas, mas teve receio de se tornar dependente dele. O motorista mencionou que o chefe é conhecido como Peixão, mas ele não sabe seu nome verdadeiro. Disse que Peixão é um jovem com grande influência e poder, além de ser evangélico e ter aversão à umbanda, a qual considera ligada ao demônio.
Enquanto ele falava, fiz uma consulta rápida na internet e logo encontrei o nome Peixão: Natalino Guimarães, filho do Capitão Guimarães, um dos primeiros líderes da milícia no Rio de Janeiro. Neste ponto, chegamos ao meu destino e me despedi do motorista. Ele expressou sua crença maior na palavra dos bandidos do que na polícia, o que me fez refletir sobre a necessidade das investigações sobre o assassinato de Marielle alcançarem uma conclusão para todos.
Zé Carlos do PV 